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[Concreto & Construções
| Ano XXXIX nº 65
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médias, desvios padrão e coeficientes de va-
riação dos resultados para todas as situações
de estudo obtidas para as amostras moldadas
com concretos C30 e CAR, com intervalo de
confiança da média (para 95% de confiança)
e com um nível de significância de 5% para a
propriedade resistência à compressão.
Na TABELA 3.2, encontra-se a análise de
significância dos fatores em estudo para a
propriedade resistência à compressão.
A análise de variância da resistência à com-
pressão mostrou que o valor resultante do co-
eficiente de determinação do modelo adotado
(R²) foi de 0,96, o que significa dizer que 96%
da variação total dos dados de resistência à
compressão pode ser explicada pelas variáveis
adotadas. Portanto, os fatores não controlados
foram responsáveis por aproximadamente 4%
das variações observadas no estudo.
Com respeito à intensidade de influên-
cia dos fatores, tomando-se como base a
magnitude dos valores de F, pode-se cons-
tatar a grande influência do laboratório e
do tipo de concreto nos resultados de resis-
tência à compressão.
As interações dos efeitos também fo-
ram estatisticamente significativas, isto é,
para cada tipo de laboratório utilizado, de-
pendendo da dimensão do corpo de prova e
tipo de concreto, a resistência à compres-
são do concreto apresenta diferença de re-
sultado (comportamento distinto).
Na coluna dos valores F da TABELA 3.2,
as interações que envolvem o efeito da
dimensão do corpo de prova x laboratório
apresentaram os menores valores, indican-
do a menor influência dessa variável nos
resultados de resistência à compressão.
Destaca-se, inclusive, que o efeito indivi-
dual da variável dimensão do corpo de pro-
va não é significativo, ou seja, as dimen-
sões dos corpos de prova estudadas (100
mm x 200 mm e 150 mm x 300 mm), isola-
damente e interagidas com laboratório ou
tipo de concreto, não influenciaram signi-
ficativamente os resultados de resistência
à compressão.
Em decorrência da análise ANOVA – Re-
sistência à Compressão (TABELA 3.2) ter
revelado os efeitos estatisticamente signi-
ficativos das variáveis laboratório e tipo de
concreto, realizou-se o agrupamento das
médias homogêneas pelo método de Dun-
can, de forma a observar as semelhanças e
diferenças dos resultados obtidos.
Neste método, ficou demonstrado que
os laboratórios apresentam resultados pró-
ximos, porque a média geral de resistên-
cia à compressão do laboratório A foi de
52,0 MPa e a média geral de resistência à
compressão do laboratório B foi de 50,1
MPa, isto é, o laboratório A teve apenas
4% a mais de média geral de resistência à
compressão em relação ao laboratório B.
Tabela 3.2 – ANOVA – Análise Global do Experimento –
Resistência à Compressão
SQ
F
p
17409,46 273,49 0,000
609,29
18018,8
0,17
0,682
9,57
0,003
1848,56 0,000
0,02 0,893
1,88 0,175
48,47 0,000
8,56 0,005
Fatores Estudados
Resultado
significativo
Coeficiente de Determinação do Modelo (R²) = 0,96
Modelo de Estudo
Erro (resíduo)
Total
Onde: SQ = soma dos quadrados; F = parâmetro de Fischer para o teste de significância dos efeitos; p = probabilidade de erro
envolvida em aceitar o resultado observado como válido, isto é, como representativo da amostra; Resultado = resultado da
análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não, R² = (1 - SQerro/SQtotal).
não significativo
significativo
significativo
não significativo
não significativo
significativo
Dimensão do CP
Laboratório
Tipo de Concreto
Dimensão do CP x Laboratório
Dimensão do CP x Tipo de Concreto
Laboratório x Tipo de Concreto
significativo
Dimensão x Laboratório x Tipo de Concreto