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p e s q u i s a e
d e s e n v o l v i m e n t o
Foram moldados 4 corpos de prova para
cada teor de substituição (30% e 70%) da
areia natural pelo pó de pedra. Nos con-
cretos, foram realizados os seguintes en-
saios: abatimento do tronco de cone (
slump
test
); teor de ar incorporado; e resistência
à compressão aos 7 e 28 dias. A consistên-
cia foi avaliada 10 minutos após a adição
do aditivo no concreto.
Ao confeccionar os concretos com os
teores de substituição da areia natural
por pó de pedra de 30% e 70%, com teor
de argamassa de 54%, verificou-se que os
concretos apresentaram-se com aspec-
to áspero e com pouca coesão, conforme
pode ser observado na Figura 4 e, assim,
optou-se por realizar um ajuste no teor
de argamassa dos concretos com o pó de
pedra VSI Pedreira A.
Os novos teores de argamassa ficaram
definidos em 57% para o teor de substitui-
ção de 30% para o pó de pedra VSI Pedreira
A e, para o para os concretos com substi-
tuição de 70% de areia natural por pó de
pedra, ficou definido o teor de argamassa
de 58% (ver Figura 5).
Com o aumento no teor de argamassa,
os concretos obtiveram uma melhora na
coesão e, consequentemente, uma super-
fície mais lisa e homogênea.
Na Tabela 3, são apresentados os tra-
ços e os resultados no estado fresco dos
concretos confeccionados com pó de pe-
dra CONE Pedreira A, VSI Pedreira A e o
concreto de referência. Verifica-se que os
concretos confeccionados com pó de pe-
dra VSI Pedreira A apresentaram valores
superiores de abatimento em relação aos
concretos confeccionados com o pó de
pedra CONE Pedreira A. Estes resultados
podem ser explicados pela forma das par-
tículas do agregado. Era possível verificar
visualmente que o pó de pedra CONE Pe-
dreira A possuía suas partículas com for-
mato mais lamelar que as partículas do pó
de pedra VSI Pedreira A, o que ocasiona
uma maior perda de trabalhabilidade do
concreto devido à dificuldade de mistura
dos grãos do agregado.
Nos casos em que houve alteração no
teor de argamassa, verificou-se que, para o
concreto com teor de substituição de 30%,
não houve alteração na consistência com o
aumento do teor de argamassa. Contudo,
para o concreto com porcentagem de subs-
tituição de 70%, ao se aumentar o teor de
argamassa para 58%, houve uma perda de
abatimento do concreto, sendo mantida a
relação água/cimento.
O consumo de cimento real é maior para
os concretos com pó de pedra, pois estes
apresentaram maior massa específica em
relação ao concreto de referência. A maior
massa específica dos concretos com pó de
pedra pode ser atribuída à maior quantida-
de de material fino (material pulverulento)
presente nestes concretos, o que deve es-
tar provocando o fechamento dos poros e,
consequentemente, a diminuição de vazios
no concreto.
Figura 4 – Concreto com
30% de pó de pedra VSI
Pedreira A e
α = 54%
Figura 5 – Concreto com
70% de pó de pedra VSI
Pedreira A e
α
= 58%
Emprego de pó de pedra proveniente de diferentes
britadores na produção de concreto - Grigoli & Fabro &
Gava & Meneghetti