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[Concreto & Construções
| Ano XXXIX nº 65
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o índice de consistência decresce quando
se aumenta o teor de substituição da areia
natural pelo pó de pedra. Isto pode ser ex-
plicado pelo fato de que, a partir do teor
de substituição de 40%, a quantidade de pó
de pedra presente na mistura é proporcio-
nalmente maior, bem como a quantidade
de material pulverulento presente nos pós
de pedra (em torno de 15%), aumentando,
assim, a quantidade de material fino pre-
sente na mistura, o que gera maior área
superficial para absorção de água e, con-
sequentemente, a diminuição no índice de
consistência da mistura.
Os resultados de resistência à compres-
são aos 28 dias das argamassas são apre-
sentados na Figura 3. Pode-se verificar
que, para todas as argamassas nas quais
houve substituição da areia natural pelo
pó de pedra, a resistência à compressão
foi superior a da argamassa de referência.
Observa-se, também, que a resistência à
compressão aos 28 dias, de uma maneira
geral, foi aumentando de forma gradativa
até o teor de substituição de 40% e, a par-
tir daí, passou a ter valores semelhantes.
Na Figura 3, nota-se que, em todas as
argamassas confeccionadas com os pós de
pedra em estudo, os maiores resultados
de resistência à compressão foram obtidos
para teores de substituição acima dos 40%.
Comparando os valores médios de resistên-
cia à compressão das argamassas, que girou
em torno dos 40MPa, com o valor obtido na
argamassa de referência, há um acréscimo
na resistência de aproximadamente 18,5%,
comprovando que a presença do pó de pedra
nas misturas contribui para o aumento da re-
sistência à compressão das argamassas.
Comparando-se os resultados da Figu-
ra 3, observa-se que, em praticamente
todos os teores de substituição da areia
natural pelo pó de pedra, as argamassas
com o pó de pedra MARTELO Pedreira B
apresentaram resistências à compressão
inferiores as resistências apresentadas
pelas argamassas confeccionadas com os
demais pós de pedra. Este resultado pode
ser explicado pelo fato de que o pó de
pedra MARTELO Pedreira B é aquele que
apresenta a menor quantidade de mate-
rial pulverulento (conforme Tabela 2).
Como o material pulverulento atua no fe-
chamento dos poros e, consequentemen-
te, diminui a quantidade de vazios, este
contribui para aumento da resistência à
compressão; assim, este efeito foi menor
nas argamassas com pó de pedra MARTE-
LO Pedreira B para ganho de resistência
destas argamassas.
4. ESTUDOS EM
CONCRETO
Para confeccionar os concretos, foram
escolhidos dois pós de pedra provenientes
da Pedreira A de diferentes tipos de brita-
dores: um do britador do tipo Vertical de
Impacto, denominado VSI Pedreira A; e ou-
tro do britador do tipo Cone, denominado
de CONE Pedreira A. Esta escolha objeti-
vou verificar se há influência do tipo de bri-
tador empregado para obter o pó de pedra
nas propriedades dos concretos confeccio-
nados, tendo em vista que as argamassas
confeccionadas com estes pós de pedra fo-
ram as que apresentaram as maiores resis-
tências à compressão e os maiores índices
de consistência.
Figura 2 – Índice de
Consistência Inicial
das Argamassas
Figura 3 – Resistência à
compressão das argamassas
aos 28 dias