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[Concreto & Construções
| Ano XXXIX nº 65
]
Na Figura 6, são apresentados os resul-
tados do ensaio de resistência à compressão
aos 7 e 28 dias dos concretos confecciona-
dos. Todos os concretos nos quais houve
substituição da areia natural pelo pó de pe-
dra apresentaram resistência à compressão
superior ao concreto de referência (0% de
pó de pedra), sendo as resistências à com-
pressão aos 28 dias foram bem próximas.
Comparando-se os concretos confecciona-
dos com os pós de pedra oriundos de diferentes
britadores (Figura 6), observa-se que não há di-
ferenças significativas nas resistências à com-
pressão para ambos os teores de substituição.
Tabela 3 – Traços e resultados no estado fresco dos concretos
% de
substituição
da areia
natural pelo
pó de pedra
Traço do concreto em massa
Abatimento
após 10
min (cm)
Massa
específica
(g/cm³)
Consumo
de cimento
kg/m³
0% - concreto
referência
1
2,6 0 3,07 0,57 0,0077 54% 9,0
2,35 324 338
30% 1
1,82 0,87 3,07 0,57 0,0077 54% 18,0 2,53 345 338
70% 1
0,78 2,03 3,07 0,57 0,0120 54% 0,0
2,58 346 338
30% 1
1,82 0,87 3,07 0,57 0,0077 54% 20,0 2,56 348 338
70% 1
0,78 2,03 3,07 0,57 0,0077 54% 20,0 2,59 347 338
30% 1
1,96 0,93 2,87 0,57 0,0077 57% 19,5 2,54 346 338
70% 1
0,86 2,24 2,8 0,57 0,0077 58% 14,0 2,57 344 338
Cone
Pedreira A
VSI
Pedreira A
Cimento
Areia
Pó de pedra
Brita
A/C
Aditivo
Real medido
Teórico
Teor de
Argamassa
5. CONCLUSÕES
Neste trabalho, verificou-se a viabilida-
de técnica da substituição da areia natural
por pós de pedra provenientes de diferen-
tes britadores na produção de concretos.
Apesar de todos os pós de pedra avaliados
apresentarem teor de material pulverulento
superior aos limites permitidos pela ABNT NBR
7211(2009), verificou-se que não houve influ-
ência direta desta característica na consistên-
cia das argamassas e concretos confecciona-
dos com estes materiais. Algumas argamassas
com pó de pedra apresentaram índices de
consistência inicial igual ou superior ao índice
de consistência da argamassa de referência.
Aliado a isso, verificou-se que o alto teor de
material pulverulento contribuiu para o au-
mento da resistência à compressão das ar-
gamassas e concretos. Este fato ocorre pelo
efeito filler dos finos, uma vez que Schankoski
e Gava (2009) verificaram que o material pul-
verulento destes pós de pedra não apresen-
tam atividade pozolânica.
O tipo de britador influencia as carac-
terísticas dos pós de pedra gerados e, con-
sequentemente, as propriedades do estado
fresco dos concretos confeccionados. Os
Figura 6 – Resistência à
compressão dos concretos