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p e s q u i s a e
d e s e n v o l v i m e n t o
para estudos em corrosão de armaduras
por ação de íons cloreto.
São Paulo possui trabalhos com sílica e
resíduos da construção civil. A UNB – Brasí-
lia já estudou sobre adição de sílica e cinza
volante. As pesquisas de Porto Alegre foca-
ram em estudos da adição da sílica e cinza
de casca de arroz. Também possui um tra-
balho de corrosão do concreto com adição
de resíduos da construção civil.
Goiânia possui trabalhos em pratica-
mente todos os tipos de adições, princi-
palmente no uso da sílica, cloretos e cinza
volante. Também possui um trabalho com
uso de fibras de nailon, polipropileno mo-
nofiladas e fibriladas, além de um estudo
com polímeros do tipo emulsões poliméri-
cas de SBR e acrílico.
Além dos trabalhos já citados, também fo-
ram encontrados os estudos que utilizaram re-
síduos: cerâmico, em João Pessoa; e mármore
e granito, em Maceió. Dois estudos sobre cor-
rosão de armaduras com utilização de inibido-
res foram localizados: um de Curitiba e outro
de Maceió, com os seguintes materiais: molib-
dato de sódio, tioréia, compostos orgânicos e
inorgânicos de nitrito de cálcio, inorgânicos a
base de fosfato e nitriro de cálcio, orgânico a
base de éster e amina e solução sintética.
A partir dessa análise, é possível iden-
tificar que os materiais mais estudados em
trabalhos com tema de corrosão por íons
cloretos são: a sílica e cinza volante (CV),
seguida da cinza de casca de arroz (CCA) e
da escória de alto forno (EAF).
2.2.4 Formas de Indução
A indução de cloretos foi realizada com
ciclos de imersão e secagem, com os mais
variados números de dias de imersão e se-
cagem, também sem seguir um padrão,
além de vários teores de cloretos terem
sido utilizados, sendo que os de 3,5 e 5%
foram os com maior incidência.
Apesar de ciclos de imersão e secagem
serem mais prevalentes nos trabalhos,
também houve estudos com o uso de câma-
ras de névoa salina, de cloretos na massa
do concreto, de ativadores químicos, com
exposição dos corpos de prova em ambien-
tes agressivos com presença de íons clore-
tos e com equipamentos (fontes) que pro-
vocaram diferença de voltagem no corpo
de prova. O método com melhores resul-
tados e com maior utilização foi o ciclo de
imersão e secagem, por não ser um método
caro ou de difícil execução.
2.2.5 Outros fatores
Quanto a dimensões dos corpos de pro-
va, há total falta de um padrão, pois alguns
grupos utilizam formatos do tipo prismá-
ticos, outros cilíndricos, e se diferenciam
nas formas e nos tamanhos dos corpos de
prova. As armaduras utilizadas apresenta-
ram diversos diâmetros, tais como: 5; 6,3;
8; 10 e 12,5 mm.
Os valores de cobrimento passaram a ser
padronizados, após o lançamento da ABNT
NBR 6118:2003, que inseriu no seu contexto
os valores de cobrimento a serem seguidos
de acordo com o local onde a estrutura será
construída. Antes de 2003, os valores de co-
brimento utilizados variavam de 1 a 7 cm.
A cura dos concretos também não se-
gue uma padronização, pois aparecem
Figura 6 – Estudos com concretos com adições minerais em
função das cidades que foram desenvolvidos
4
2
1
1
4
2
3
2
1
2
1
1
6
6
6
sílica
cca
cv
eaf
metacaulim
Tipos de Adições
Porto Alegre
Goiânia
Brasília
São Paulo
Santa Maria
Corrosão de armaduras por
íons cloretos: uma revisão dos estudos
brasileiros - Torres & Padilha & Da Silva Filho