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p e s q u i s a e
d e s e n v o l v i m e n t o
trabalhos estão desenvolvendo programas
experimentais similares ou que possam ser
comparados entre si.
O foco da análise foi mantido sobre al-
gumas das principais variáveis influentes
na corrosão, normalmente adotadas nos
trabalhos examinados:
tipo de cimento,
relação água/cimento, adições ativas e
outros materiais, tipos de indução de clo-
retos e outros fatores
.
2.2.1 Tipo de Cimento
Em relação ao tipo de cimento utiliza-
do, verifica-se que os trabalhos examina-
dos usam os mais diversos tipos de cimento
(Figura 3).
Nota-se, examinando a Figura 3, uma
maior incidência de estudos com cimen-
tos tipo CPII-F32 e CPV-ARI. Atribuiu-se
essa concentração de trabalhos com ci-
mentos sem adições ativas ao desejo de
trabalhar com matrizes mais puras. Um
Figura 2 – Número de
trabalhos por orientador
61
9
14
37
5
0
10
20
30
40
50
60
70
CPIIF-32
CPIIE
CPIV
CPVARI
CPVARI-RS
Figura 3 – Quantidade de
estudos em função do tipo
de cimento
fator secundário, citado em alguns tra-
balhos, diz respeito à preocupação com
a avaliação da dinâmica da corrosão em
estruturas pré-moldadas, normalmente
construídas com esse tipo de cimento
pela demanda de rapidez no ganho de
resistência.
Outro indicador utilizado nesta aná-
lise foi a localização da realização dos
estudos em função das regiões do nosso
País. A partir deste indicador, encontrou-
-se que, dentre os cimentos com adições
ativas, existe uma maior concentração
de estudos com o CP-IV, o que possivel-
mente está associado à maior disponibili-
dade comercial desse tipo de cimento na
região Sul do país.
O cimento CPIIF-32 é o que apresenta
o maior número de trabalhos em diver-
sos locais, mas com número significativo
para a cidade de Goiânia (Universidade
Federal de Goiás). Todos os cimentos
que estão neste estudo foram utilizados
em pesquisas desenvolvidas na cidade de
Porto Alegre. A cidade de Santa Maria/RS
aparece apenas em estudos com CPVARI,
o que se torna um dado interessante, vis-
to o grande grupo de pesquisa liderado
pelo Prof. Geraldo Isaia.
Ao realizar uma análise do tipo de ci-
mento em análise com as técnicas ele-
troquímicas utilizadas nas pesquisas e o
local (ou região do país), a técnica de
potencial de corrosão (Ecorr) com uso do
cimento CPVARI possui estudos apenas
em Porto Alegre e São Paulo; e a mes-
ma técnica com uso do cimento CPVARI-
-RS foi realizada apenas em Porto Alegre.
Acredita-se que seja pela facilidade de
obtenção do material.
Já a utilização da técnica de intensida-
de de corrosão (icorr), foi estudada na ci-
dade de Goiânia, com os cimentos CPIIF-32,
CPIV e CPVARI.
Os dados mostram a falta de estudos
na área de corrosão por cloretos com o
cimento CPII-E. Salienta-se que com este
tipo de cimento foram encontrados traba-
lhos apenas em São Paulo e Porto Alegre e
não foram encontrados registros de testes
deste cimento para testes de resistência
ôhmica (Rohm).
Corrosão de armaduras por
íons cloretos: uma revisão dos estudos
brasileiros - Torres & Padilha & Da Silva Filho