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p e s q u i s a e
d e s e n v o l v i m e n t o
licas. Assim, para que a demanda seja atin-
gida, um jogo de 108 fôrmas, nas dimensões
de 1x1x1,5m, deve fazer parte do canteiro.
A área disposta para estocagem desse jogo
é de 190m². O concreto deverá ser usinado,
com fornecimento atendendo às especifica-
ções. Considerando que cada caminhão be-
toneira possui 8m³ e para cada fôrma me-
tálica tem-se um volume de preenchimento
de 0,6m³, o processo demanda uma quanti-
dade diária de concreto de 65m³, ou seja, 8
viagens de caminhões betoneiras. As viagens
deverão ser distribuídas em 8 horas diárias
de trabalho, tendo a média de 1 hora de con-
cretagem para cada caminhão.
As características técnicas dos ma-
teriais foram confrontadas com os estu-
dos realizados por Portella et al. (2011),
quanto ao desempenho do concreto para
a construção de recifes artificiais marinhos
instalados no litoral paranaense.
A desforma do grupo de 108 blocos
deve durar 1 dia; uma retroescavadeira
estará disponível para o auxílio ao desmol-
de. Após a desforma, os blocos deverão
ser alocados na área de estoque em pi-
lhas de até 4 blocos, sempre deixando as
armaduras (caranguejos) livres para que,
com cordoalhas de aço, a retroescavadeira
possa carregá-los nas carretas. Ao térmi-
no do oitavo dia, as 864 peças deverão ser
carregadas em dois caminhões
trucks,
que
possuem capacidade de carga de 28 t cada.
Assim, para cada viagem de carreta, 28 pe-
ças serão embarcadas, sendo o total de 30
viagens necessárias.
A descarga em alto mar deve ser feita
de modo que cada nicho seja empurrado
em pontos fixos; a decantação dos blocos
de cada nicho deve assumir uma altura te-
órica de 2,5m. A descarga deve ser acom-
panhada de um trator esteira sobre piso
madeirado, que auxilia na mobilização do
maquinário pesado. Após o lançamento
de cada um dos blocos, estes são presos
a bóias de modo a facilitar sua deposição
junto ao recife.
2.2 V
iabilidade
econômica
Para se analisar a viabilidade de um
empreendimento, um dos fatores que pesa
muito na tomada de decisão, entre as di-
versas alternativas, é o econômico. Desta
forma, foram elaboradas duas estimativas
de preços: uma para o método executivo
com sacas preenchidas por areia e outra
para o método com módulos pré-moldados.
Nestas estimativas de preços são avaliados
todos os custos necessários para a constru-
ção dos recifes artificiais, desconsiderando
os impostos, seguros, custos ligados a li-
cenças ambientais e outras taxas necessá-
rias para a execução de uma obra.
O primeiro passo é a análise dos custos
diretos (CD) dos serviços, através da ela-
boração das composições de preços uni-
tários (CPUs). Depois serão calculados os
custos indiretos (CI) necessários para a re-
alização dos métodos executivos de reci-
fes artificiais com sacas de areia e módu-
los pré-moldados. Com os custos diretos
e indiretos determinados, será possível
calcular o BDI (Bonificação por Despesas
Indiretas) e, logo após, será calculado o
preço de venda (PV) dos serviços através
das seguinte fórmulas:
(1)
PV = CD/(1-(AC+IMP+L+I))
(2)
BDI = PV/CD
Os índices de AC (administração cen-
tral), IMP (imprevistos), L (lucro) e I (im-
postos) devem ser incluídos em porcenta-
gem (%). Após os cálculos dos preços de
vendas, é possível analisar qual das alter-
nativas é viável economicamente.
3. RESULTADOS
E DISCUSSÃO
3.1 A
nálise
executiva
dos
processos
e
de
materiais
Ao analisar as duas soluções construtivas
para o RAM, pode-se listar as vantagens e
desvantagens da utilização do método pro-
posto em concreto pré-moldado em relação
à solução atualmente utilizada (sacas de
areia). Dentre as vantagens, depreende-se
que o histograma de equipamentos é mais
Viabilidades técnica e econômica dos recifes artificiais
de concreto pré-moldado - Fontana & Martins
& Das Neves & Lima & Nagalli