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Os ensaios de resistência à compressão
simples à idade de 28 dias estão apresen-
tados na tabela 3.
Os resultados apresentados nas tabelas
2 e 3 mostram que houve variações no tra-
ço durante a produção. Essas variações são
mais frequentes no fator a/agl e no teor de
argamassa. A massa total de agregados em
relação ao aglomerante permanece prati-
camente constate, em torno de 4. Obser-
va-se também grande variação do teor de
umidade dos agregados miúdos.
Comparando os fatores a/agl com os da-
dos de resistência à compressão, observa-se
que o melhor resultado de resistência me-
cânica ocorreu para o concreto dosado no
dia 09/04/2010. Uma vez que o abatimen-
to desse concreto manteve-se igual aos dos
demais, pôde-se concluir que foi utilizado
um aditivo plastificante, muito embora esse
fato não tenha sido registrado.
Mesmo para os concretos que apresen-
taram resistência à compressão acima de 20
MPa, o elevado coeficiente de variação fez
com que o valor característico ficasse abaixo
do recomendado por norma (fck
28
= 22 MPa).
Há que se ressaltar que o consumo de
cimento dos traços utilizados está em tor-
no de 360 kg de cimento por m³ de concre-
to produzido, levando a um índice de 30
kg de cimento para atingir 1 MPa de resis-
tência. A boa prática pode atingir índices
de 12 kg de cimento sem a utilização de
adições minerais e de até 9 kg quando da
opção em utilizá-las.
Fica evidente a urgência em se implan-
tar um programa de controle de qualidade
nesse processo.
3. Projetando o
controle
tecnológico
Em relação ao processo de fabricação
dos trilhos de laje pré-fabricada, com vis-
tas a aprimorar o produto final, sugere-se
que sejam tomadas as seguintes medidas:
Tabela 1 – Apresenta os
resultados do ensaio de
abatimento do tronco de
cone para os concretos
da campanha
Campanha
Abatimento (cm)
01/03/2010
32
09/03/2010
30
15/03/2010
32
18/03/2010
31,5
23/03/2010
32,5
26/03/2010
31
29/03/2010
31
09/04/2010
31,5
16/04/2010
32
19/04/2010
31,5
Tabela 2 – Informações aferidas acerca dos agregados
e dos traços unitários para confecção dos trilhos de laje
Data
Massa específica
3
(g/cm )
Fator água/cimento
Traço
(1:a:p:a/agl)
Umidade da
areia (%)
01/03/2010
2,64
0,71
1:1,81:2,6:0,714
4,41
09/03/2010
2,63
0,67
1:1,81:2,6:0,669
2,10
15/03/2010
2,63
*0,49 - 0,67 e 0,58 1:1,81:2,6:0,490
1,60
18/03/2010
2,63
0,70
1:2,0:2,4:0,698
2,10
23/03/2010
2,63
0,50
1:2,0:2,4:0,499
2,78
26/03/2010
2,63
**0,54 e 0,42
1:2,0:2,4:0,536
4,34
29/03/2010
2,63
0,75
1:2,0:2,4:0,748
4,16
09/04/2010
2,63
0,48
1:2,0:2,4:0,482
2,10
16/04/2010
2,63
0,71
1:2,0:2,4:0,715
2,78
19/04/2010
2,65
**0,68 e 0,56
1:2,0:2,4:0,682
1,41
* Nestas campanhas foram moldados 10 corpos-de-prova para cada fator a/c.
** Nestas campanhas foram moldados 15 corpos-de-prova para cada fator a/c.
Fonte:
AMILIATO E LIMA (2010)
Controle tecnológico na produção de trilhos
de laje pré-fabricada - De Lima & Campos