Cobertura


51° CBC 2009: Diversificando o debate!


Fórum nacional de debates sobre a tecnologia do concreto e suas aplicações em obras civis, o Congresso Brasileiro do Concreto realizou sua 51ª edição em Curitiba, de 6 a 10 de outubro, na Expo Unimed, focalizando o concreto em obras de infraestrutura sustentáveis.

A questão foi debatida no Seminário Copel de Sustentabilidade na Cadeia Produtiva do Concreto, na Mesa Redonda “Os Materiais Cimentícios na Indústria de Gás e Óleo”, no Seminário do Setor Elétrico de Construção e Manutenção Civis e no VII Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto.

Tangenciou, de modo geral, a diversidade de acontecimentos técnico-científicos, traço distintivo do evento no contexto do setor construtivo nacional. Nas 42 Sessões Científicas foram apresentados 389 trabalhos sobre o estado da arte das pesquisas sobre o concreto e seus materiais constitutivos e sobre as estruturas de concreto armado, protendido, pré-fabricado, auto-adensável, de alto desempenho, entre outras. Nas Sessões Pôsteres foram expostos 131 trabalhos técnico-científicos, distribuídos segundo a temática que orientou a submissão dos trabalhos: Gestão e Normalização; Materiais e Propriedades; Projeto de Estruturas; Métodos Construtivos; Análise Estrutural; Materiais e Produtos Específicos; e Sistemas Construtivos Específicos.

Dois Painéis sobre Assuntos Controversos debateram:

  • Concretos de Alto Desempenho e Auto-Adensável: desafios para sua maior utilização no Brasil
  • Quando n ão se atinge o fck especificado em obra: razões, conseqüências e prevenção

Palestrantes nacionais e estrangeiros apresentam suas pesquisas e experiências sobre o concreto, material construtivo mais largamente empregado em obras civis:

  • Kumar Mehta, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, abordou a sustentabilidade na indústria mundial de cimento;
  • Cristian Boller, do Fraunhofer Institute of Nondestructive Testing, na Alemanha, expôs o gerenciamento da infraestrutura civil com base no monitoramento da saúde estrutural, com o uso de ensaios não-destrutivos de última geração;
  • Peter Marti, do Institute of Structural Engineering de Zurique, na Suíça, abordou o impacto da Análise-Limite no projeto de estruturas de concreto, delineando seu contexto histórico, os critérios de projeto, a aplicação dos métodos de estática e cinemática da teoria da plasticidade no reforço e protensão de estruturas de concreto e os modelos para a análise da fissuração em elementos de placas;
  • James Wight, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, apresentou as diretrizes das normas técnicas atuais para o projeto de estruturas de concreto;
  • Professor Alberto Carpinteri, do Departamento de Engenharia Estrutural e Geotecnica da Politécnica de Torino, na Itália, exemplificou a aplicação da mecânica de fratura não-linear na avaliação da capacidade rotacional de vigas de concreto armado;
  • Professor Michel Lorrain, da Université Paul Sabatier de Toulouse, na França, tratou dos ensaios de aderência entre o aço e o concreto, segundo as recomendações da ASTM e da RILEM, buscando sua padronização como mais um teste para aferir o controle de qualidade do concreto;
  • Professor Haroldo Mattos de Lemos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Brasil, apontou os caminhos para a sustentabilidade do desenvolvimento mundial.

Sem falar, é claro, dos Concursos Estudantis, promovidos pelo Instituto Brasileiro do Concreto (16º Aparato de Proteção ao Ovo, 6º Concrebol e 5º Ousadia); dos cursos de atualização profissional (Pré-Moldados de Concreto; e Pavimentos de Concreto); das palestras técnico-comerciais; da premiação dos profissionais de destaque do ano; dos coquetéis e jantares regados a saber e experiência profissional; da V Feira Brasileira das Construções em Concreto (FEIBRACON); e da tradicional visita técnica a uma obra na região do evento (UHE Mauá).

Uma maratona do saber, onde se engajaram estudantes, pesquisadores, professores, técnicos, calculistas, tecnologistas, vendedores técnicos, marqueteiros, diretores e gerentes de empresas, empresários, construtores, funcionários públicos e outros agentes da cadeia da construção civil.