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m e l h o r e s p r á t i c a s
4. Taxa de evaporação
A taxa de evaporação é uma combi-
nação de fatores que envolvem, além da
temperatura do concreto, a temperatu-
ra e a umidade relativas do ar e também
a velocidade do vento próximo à super-
fície concretada.
A taxa de evaporação deve ser moni-
torada durante a concretagem para deci-
dir as providências a serem tomadas com
o objetivo de minimizar o surgimento de
eventuais fissuras. A taxa de evaporação é
calculada tomando-se as medidas das qua-
tro variáveis que a influenciam, conforme
citado anteriormente.
Utilizando-se o diagrama da Figura 5,
é possível obter a taxa de evaporação da
superfície do concreto fresco.
Em condições normais de capacidade
de exsudação do concreto, uma taxa de
evaporação maior ou igual a 1 kg/m
2
/h é
considerada como elevada e o risco de fis-
suração será elevado.
Para concretos elaborados com ci-
mentos com adição de pozolana, este
valor de taxa de evaporação deve ser re-
duzido para 0,5 kg/m
2
/h. Isto se deve à
menor capacidade de exsudação propor-
cionada por este tipo de cimento, que,
de forma geral, apresenta elevadas áreas
específicas. A mesma consideração pode
ser feita para os concretos com adição de
Para avaliar o tempo de pega do
concreto, pode-se utilizar o método es-
pecificado pela norma ABNT NBR NM 9
(ABNT, 2003).
Figura 5 – Diagrama para
obtenção da taxa de
evaporação (Kosmatka
et al, 2002)
Para utilizar o
diagrama, é necessário
medir as quatro
variáveis envolvidas.
Entre primeiro com a
temperatura do ar e
encontre a umidade
relativa, mova este
ponto até encontrar a
temperatura do
concreto e em seguida
mova até a velocidade
do vento. Mova para a
esquerda e leia a taxa
de evaporação
aproximada.
Figura 6 – Medida da temperatura do concreto com termômetro
laser (esquerda). Estação meteorológica posicionada corretamente
próxima ao local de execução de um pavimento de concreto (direita)
Impacto da temperatura do cimento na temperatura
do concreto - Silva & Battagin